Agosto 18 2007

 

 

 

É claro que para os principais opositores a esta noção social, tal ideia é logo classificada por estes como impossível, utópica. Argumentam a necessidade desmedida de um sistema económico em que a classe capitalista é detentora do poder investidor e que seja ela a geradora de riqueza, do emprego para o povo e da prosperidade.

 

Esta noção é, quanto a mim, tão absurda quanto tecnocrata.

É necessário entender a defesa de um dado regime, seja ele comunista ou capitalista (para utilizar a terminologia proveniente da Guerra Fria), como sendo produto imediato da Teoria das Representações Sociais, segundo a qual existe a tendência para as classes sociais atribuirem as causas e respectivas consequências de um dado acontecimento a algo que não seja da sua directa responsabilidade.

 

Assim, parece lógico que a classe operária defenda o comunismo e a classe patronal o capitalismo (salvo algumas excepções, que nos tempos actuais não são tão raras quanto isso).

 

Na minha opinião, a sociedade sem classes é apenas a meta. Quer seja atingida ou não, pouco importa. Não é a demanda do absoluto que caracteriza o pensamento e a acção humana? Poderia referir aqui a temática pessoana sobre os mecanismos que regem a mente humana, mas não o farei porque não é esse o principal objectivo deste meu escrito.

 

Apenas é importante referir que o que caracteriza a alma humana é sempre a sede de absoluto apesar de sermos "um mar de sargaço". E é nesta sede de absoluto que se encaixa a teoria Marxista da sociedade sem Classes!

 

Com a emergência da luta pela teoria Marxista vão-se alcançando importantíssimos avanços sociais, capaz de igualar (ou tender a igualar) os diferentes estratos sociais que tanto contribuem para a injustiça e a desigualdade entre as sociedades.

 

A desistência não deve entrar no vocabulário de um Marxista!

 

A luta de classes é totalmente passível de ser aplicada na sociedade portuguesa contemporânea e essa luta se crescer irá desaguar, indubitavelmente, na tão ambicionada sociedades sem classes.

publicado por Simao_psi às 12:25

Não duvido das boas intenções de uma sociedade equitativa e justa para todos. Agora a questão que me faz duvidar, é que á na história, em algumas situações houve pessoas que tentaram recorrer aos princípios marxistas, e qual foi o resultado? A utopia não advém unicamente da falta de vontade, mas da prova ao longo da história, que nunca pessoas que apregoavam esse tipo de princípios se restringiam a eles. Por isso, considero uma utopia.
Anónimo a 19 de Agosto de 2007 às 12:17

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