Setembro 14 2007

  

 

 

 

    Todos os caminhos vão dar a ti. Por mais que tente negar o que sinto, o que paira na minha alma, o que tenho para te dizer e não consigo, sinto um enorme buraco na minha vida, uma espécie de peça que falta no puzzle da minha existência, algo que me faz sentir incompleto face a tudo o que faço e penso.

     Solidão. Talvez Solidão. Um rodear de gente perante mim, só amigos, só alegria, só festas, só cafés tomados na esplanada do café onde costumo ir, mas sem ti... sem dúvida, uma enrome solidão.

     Tenho vontade de saír deste lugar onde escrevo, saír deste lugar desesperante onde a luz tremúla de vez em quando e onde só ouço o barulho do ponteiro dos segundos (de longe a longe o dos minutos também) do meu relógio. Até a caneta com que escrevo isto me leva a ti. Lembro-me perfeitamente quando pegas-te nela, quando me pediste emprestada porque te tinhas esquecido da tua:

 

      - Simão, emprestas-me a tua caneta?

 

     Quando de facto o que eu queria era emprestar-te algo mais. Emprestar-te não, dar-te. Dar-te para sempre. Entregar-me a ti. Ser eu a caneta em que escrevias naquele momento.

      Não imaginas quantas vezes eu cheirei e quantas vezes eu passei os meus lábios pela "carapuça" da caneta, na esperança de que tu tenhas o mesmo vício que eu de roer as tampas.  

      O teu prefume inunda o meu carro mal entras nele. Não saí de lá... insiste em ficar por lá. Insiste em lembrar-me que existes (como se eu já não soubesse, caramba!), a lembrar-me da tua cara, dos teus cabelos ondulados que te caiem ao de leve nos ombros (cortas-te ligeiramente o cabelo não cortas-te?), dos teus lindos olhos quando olhas para mim (os teus olhos falam, sabias?), da tua boca sensual, uma espécie de íman dos meus olhos.

      Tenho vontade de saír daqui. Ir direitinho a tua casa, pegar em ti e beijar-te, fazer as coisas como deviam de ser feitas logo quando te conheci (as coisas devem ser feitas no momento exacto. Quando não são já pode ser tarde demais... será que é isso que se passa connosco?).

      O Amor (será amor isto que eu sinto?) é algo muito complicado. Impossível definir o amor. Toda a definição nesse sentido é inútil. Amor não se define, sente-se.

      Gosto muito de ti. Gosto mesmo de ti. Nunca ninguém permaneceu mais tempo em mim do que tu... e, por isso, todo este sentimento me faz uma enorme confusão. Há coisas que pura e simplesmente temos medo de falar. Os nossos sentimentos transfromam-se em autênticos monstros dentro de nós, lutam, agridem-se. Por vezes ouço cães a ladrarem-me aos ouvidos. Cada cão a tentar argumentar algo que vai contra o que o outro postula. Possíveis pensamentos que guerreiam entre si. De vez em quando um ganha uma batalha e resulta nisto: uma coisa escrita de coração aberto... tudo isto porque gosto de ti, porque nunca te disse a palavra mágica devido ao facto de te adorar (uma contradição impressionante!) e porque, acima de tudo e apesar de todas as coisas... quanto maior o sentimento, menor é a acção.

publicado por Simao_psi às 15:03

"Amor não se define, sente-se." Aí é que está! Foi das belas frases de amor que já ouvi...

Um conselho amigo: esquece as palavras e parte para a acção! É preferivel quebrares a cara do que viveres um amor impossível para o resto da vida! É bom sonhar, é bom criar ilusões e fantasias... é digno do nosso signo ;) Mas não te deixes levar pelos sonhos, luta para que eles se realizem... AVANÇA!

Abraço
JPA a 16 de Setembro de 2007 às 12:35

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